domingo, 3 de agosto de 2014

O amor

Um assunto simples para uns complicados para outros vou publicar alguns textinhos de algumas meninas que falaram um pouco de amor.


Denise Bofarin-Uma carta do coração...

Venho por meio desta explicar para você que estou fazendo ela sofrer de arrependimento. Por todas as vezes que eu gritava pra ela te dizer sim, e ela ouvia a consciência dela e te dizia não. Que teimosa essa menina! 
Ela sempre teve essa frescura de acreditar na frase clichê, que a cabeça fica acima do coração pro sentimento não ultrapassar a razão. Mesmo ela adorando o seu sorriso.
Bobagem, eu falo que tenho saudades e que não vou aceitar tão cedo outro alguém morando aqui e ela se irrita, chora e me ignora. Deve ser saudade. Eu faço ela sentir saudade com frequência pra ela aprender que felicidade, era quando ela estava do seu lado. Faço questão também de falar:
- Ei sua trouxa, bem feito agora tem outra no seu lugar! E ele prefere o sorriso dela, o jeito dela e o abraço dela. Chupa essa! 
Hoje eu não vou deixar ela dormir, vou fazer ela lembrar do dia que ela passou o dia inteiro do seu lado e nem sequer te deu um beijo. Do dia que você ligou e ela não atendeu, E daquele dia que você abraçou ela como se ela tivesse os braços mais confortáveis do mundo e ela sequer retribuiu com o mesmo carinho. 
Faço ela achar que quando o telefone toca é você ligando, e quando a campainha toca é você chamando ela pra conversar e acertar tudo. 
E quer ver ela sofrer é sentir o perfume que ela te deu de aniversário em outro alguém. 
Tô fazendo ela sentir a sua falta, tô fazendo ela perceber que ela te ama. E que te perdeu


Lícia Vieira -E se foi...
Acreditei. O meu defeito é sempre acreditar. Sei que não fui a única que ao assistir Peter Pan repetiu baixinho "Eu acredito em fadas, acredito, acredito..." Mas eu, (talvez apenas eu) acreditei em você com todas as forças que ainda haviam em mim. Tudo bem, soube que seria problema desde a primeira vez que te vi, olho no olho e milhares de reações instantâneas e velozes incapazes de serem identificadas, nem desviamos os olhares, permanecemos ali parados naqueles segundos que pareciam eternidade, pactuando de uma promessa aparentemente recíproca, que jamais seria cumprida. Eu sempre bato meus pés ao entrar e eles saem ainda mais sujos, desejei que ali houvesse refúgio, encostei minha cabeça em teu ombro e te senti recuar, quanto mais me aproximei mais pra longe você foi... e se foi. 
Até meu cheiro sair da tua camisa xadrez, do lado esquerdo do peito, onde sempre apoiei minhas mãos à procura de batimentos cardíacos; não encontrei. Eu poderia ter te ajudado mas eu já precisava de ajuda e, mais uma vez não fui o bastante pra alguém. Te perdi ali, do meu lado, naquele abismo de silêncio sem fim. Nos minutos se transformando em horas, dias, meses e anos. Sabe, ao acordar hoje vi que algo mudou e não estou falando das olheiras que estão piores que nunca. É o vazio resultante da madrugada que não alimentei falsas expectativas, dessa vez minha insônia ocupou-se em lágrimas, apenas lágrimas. Estou decidida a nunca mais olhar pra trás, quem me conhece sabe que quando quero uma coisa eu luto até o fim, mas quando eu desisto é pra sempre. Não há mais nada que se possa ser feito, estou fechando todas as portas dos atalhos que criei no caminho, não irei mais esperar por algo que nunca vem por completo. Saberás um dia que eu o que senti foi forte demais para ser notado por seu conhecimento leigo do assunto. Estou me libertando de algo que me fez mal por tanto tempo na ilusão de que um dia seria a cura, mas a nossa cura é a liberdade, te deixei ir e você foi, agora é minha vez.

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